By: Sara Carrulo
Antes de começar a ler este artigo, peço-lhe um favor: trace mentalmente a sua lista de prioridades do momento.
Vivemos na era dos filtros – que nos deixam com os olhos rasgados, o nariz fino e os lábios carnudos. Fazemos scroll nas redes sociais e deparamos-nos com pessoas felizes 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Tudo isto pode gerar um sentimento de insegurança e incerteza em nós, mas é importante aceitarmos que não somos perfeitos – e, afinal, o que é a perfeição se não aquilo que nos incutem desde sempre? São estereótipos.
Para que consigamos sair desta bolha é essencial que não nos percamos de nós, que não esqueçamos o amor que nos deveria sustentar a vida toda – o próprio – tantas vezes esquecido e difícil de abraçar.
E porquê? Porque teimamos em cair na teoria errónea que temos que gostar de tudo em nós ou então na teoria de que amor-próprio é sinónimo de arrogância.
Na verdade, temos é que aceitar e respeitar quem somos, investindo em nós, sendo fiéis a nós e despindo qualquer tipo de pressão que nos faça sentir repulsa quando nos olhamos ao espelho.
Cuidar de si não é um luxo, é um investimento, é amor – porque razão é mais fácil descrever os outros?
Lembre-se sempre que o melhor outfit será aquele em que se veste de si. Que a melhor maquilhagem será aquela em que pinta cada traço do seu Eu. Que o seu amor por si não deve depender de ninguém.
Liberte-se do trabalho que não a realiza, das relações que não acrescentam, de tudo aquilo que não a deixa seguir o seu caminho e propósito.
E agora… agora pergunto-lhe, em que lugar se colocou na lista de prioridades?
Espero que tenha sempre reservado para si o primeiro lugar e que regue o amor mais bonito todos os dias, para que floresça rodeado de respeito e leveza e para que tudo o resto flua com ele.